A vacinação contra Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos já começou em Mato Grosso do Sul, ao mesmo tempo em que está ocorrendo uma explosão de casos de uma nova variante da doença, por isso o Programa Vida Saudável da Rádio ALEMS desta semana traz uma entrevista especial com a infectologista pediatra, Ana Lucia Lyrio De Oliveira Tognini, que fala durante o bate-papo da importância da imunização deste público. Ouça a entrevista neste link.
A especialista explica que a vacina não apresenta riscos, que o problema é deixar de imunizar as crianças. A função da vacina é proteger a população contra uma infecção mais grave, desafogando as unidades de saúde e evitando, inclusive, a evolução de óbitos. “As crianças não vacinadas estão expostas ao vírus, com riscos de complicações e, consequentemente, hospitalização ou morte”, pontua a médica, que também é professora do curso de medicina da Uniderp e da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
Durante o bate-papo a infectologista pediatra, Ana Lucia Lyrio De Oliveira Tognini, contou que está acompanhando o quadro de uma criança que está com complicações devido a covid-19. “Ela teve dilatação das coronárias, como acontece com idosos, hipertensos, entre outros. Isso não aparece no momento da infecção, pode aparecer em até 30 dias. Não podemos menosprezar essa doença”.
Conforme a médica, atualmente há duas vacinas que foram liberadas no Brasil e elas estão demonstrando uma proteção muito boa. Reações adversas podem ocorrer com qualquer imunizante, mas os benefícios da vacinação são mais positivos. Vacinando as crianças, aumentamos a barreira imunológica, diminuímos a circulação do coronavírus, mas também impede a replicação descontrolada do vírus, impedindo o surgimento de novas variantes”, esclarece.
Para finalizar, Ana Lucia Lyrio de Oliveira Tognini, reforça que é essencial todos se vacinarem, pois essa é a forma mais eficaz e segura de se adquirir proteção contra uma doença infecciosa. “Antes tínhamos uma cobertura vacinal de todas as vacinas de aproximadamente 90% da população, atualmente em Campo Grande (MS), estamos com uma taxa de 60% de cobertura vacinal apenas. Isso significa que vamos voltar a ter sarampo, rubéola, poliomielite, entre outras doenças que já estavam erradicadas”.
A entrevista com a infectologista pediatra, Ana Lucia Lyrio De Oliveira Tognini, que também é professora do curso de medicina da Uniderp e da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), está disponível na integra no site ALEMS.